sábado, 5 de julho de 2025

DA BELEZA E DO BEM

Quem espera, encontra e cultiva estes supremos valores em epígrafe são os aristocratas do gosto e do espírito. Como recompensa têm efémeras sensações de serenidade e de felicidade, resultantes precisamente do vislumbre da beleza e do bem. É a verdade a revelar-se.

DAS ESTATÍSTICAS DO BLOGUE DOS ÚLTIMOS 15 ANOS

O recém-terminado mês foi o 4.º Junho com mais visualizações (16.528) desde o ano de 2010. Uma média diária de 550, portanto. Não ganho nada com isto, como se sabe. Mas não posso deixar de agradecer aos meus leitores.

terça-feira, 24 de junho de 2025

IMAGENS-EM-MOVIMENTO-EM-ESCRITA-AUTOMÁTICA-DE-TERCEIRO-GRAU-DE-2025-2026

Vigo-Monteiro-Truffaut-Jarmusch-Carax-Rivette-Wong-Wenders...

Nota editorial: post actualizado aos 5.7.25.

AINDA DA OLISSIPOGRAFIA (SIM, ESCREVO ASSIM, COM DOIS SS)

Lisboa Desaparecida, de Marina Tavares Dias, 9 Volumes, Quimera Editores, Lisboa, 1987-2007.

Obra fundamental. Não para botar figura em cima de uma mesa moderna na sala-de-estar. Nem para ficar a ganhar pó na estante. Mas sim para se ler de um só fôlego toda de seguida várias vezes ao longo da vida.

LISBOA NA LITERATURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA

Jardins Secretos de Lisboa, de Manuela Gonzaga, Colecção Holograma, Âncora Editora, Lisboa, Novembro de 2005 (2.ª edição).

Cacei-o em tempos no meio de uma pilha de livros usados num alfarrabista e confesso que gostei imenso de viajar por Lisboa e pela História de Portugal através do primeiro romance desta portuense. Vou relê-lo. Não é tarde nem é cedo.

«JUNHO CALMOSO, ANO FORMOSO»

A sabedoria popular descamba amiúde no registo piroso, como se vê neste ditado, mas acerta sempre.

UM DIA ESPECIAL

2 A. C. — Nascimento de São João Baptista.
1128 — Batalha de São Mamede — Fundação Nacional.
1360 — Nascimento de Dom Nuno Álvares Pereira / São Nuno de Santa Maria.

DO AR DOS TEMPOS

Durante séculos a fio a fidalguia distinguia-se pela acção, hoje em dia reconhece-se pela descontracção. 

sábado, 14 de junho de 2025

LEMBRETE

Hei-de aqui vir dissertar sobre o desfile de moda enquanto superior forma de arte. Por enquanto, fica o lembrete.

DO ELEGANTE BALANÇO FEMININO

O mais belo espectáculo do mundo consiste simplesmente numa mulher que saber pisar a caminhar num boulevard.

Nota: Antes de ser apodado de snob aviso já que esta ideia se aplica transversalmente a todas as classes sociais.

A PAISAGEM É PARA SE VER E NÃO PARA SE COMER

Num delicioso almoço rústico, mas requintado, numa mágica serra portuguesa, onde se encontravam pessoas de várias gerações, uma simpática e prestável jovem aproxima-se dum solitário cavalheiro  de outras eras e pergunta-lhe:  
-- Então, o tio está aqui sozinho?
-- Estou a contemplar a paisagem.
-- Quer que lhe traga uma salada, para acompanhar a feijoada?
-- Não, obrigado, nunca como a paisagem. 
Foi uma das coisas mais extraordinárias que ouvi e não podia deixar de a partilhar aqui assim com os meus leitores.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

DA HORA MÁGICA

Momento que acontece imediatamente antes do pôr-do Sol e que gera uma alquímica luz dourada. 
Instante propício ao pensamento mas também à acção.
Cá para mim, tempo ideal para observar a Natureza ou fotografar a natureza humana. 

VENTO REDENTOR E TÍLIAS EM FLÔR

A nortada que habitualmente varre Lisboa em Junho, além de purificar o poluído ar da cidade, transporta, desde o Campo Grande até às Avenidas Novas, o delicioso aroma das Tílias em flôr.

DAS ÁRVORES MÁGICAS

Nesta época pré-solsticial, a mais bela árvore da cidade é a monumental Tipuana do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. Está, certamente, em flôr; e, quando assim é, estende-nos um tapete amarelo, tecido pelas suas folhas caídas, para nos receber. Além disso, acolhe-nos e abriga-nos, generosamente, à sua sombra. Neste ano ainda não fui visitá-la. Já tenho saudades dela. 

DAS ÁRVORES SIMBÓLICAS

A pedido de vários leitores do Eternas Saudades do Futuro republico mais uma vez esta mensagem onde revelo que a árvore do cabeçalho do blogue se chama Paineira (Chorisia speciosa). Esteticamente belíssima é a cor das suas flores, as quais podemos ver na sua plenitude em Outubro. E especialmente simbólico é o facto de os seus troncos e ramos serem cobertos de cónicos espinhos afiados que ajudam a capturar e conservar a água para posteriores períodos de seca. Árvore sábia, portanto.

CONTRIBUTO PARA A APOLOGIA DA MAIS ANTIGA ALIANÇA DO MUNDO

Inglaterra é feminina, Portugal é masculino;
Inglaterra é terra-a-terra, Portugal é aéreo;
Inglaterra é aquática, Portugal é fogo;
Inglaterra é concreta, Portugal é abstracto;
Inglaterra é acção, Portugal é pensamento;
Inglaterra é pragmática, Portugal é diletante;
Inglaterra é dramática, Portugal é lírico,
Inglaterra é determinada, Portugal é obsessivo;
Inglaterra é convencional, Portugal é instintivo;
Inglaterra é corajosa, Portugal é heróico;
Inglaterra é filosófica, Portugal é espiritual;
Inglaterra é irónica, Portugal é gozão;
Inglaterra é D. Filipa de Lencastre, Portugal é D. João I. 

EU GOSTO É DO VERÃO

Este é a minha primeira mensagem do mês de Junho de 2025: começou o mês que os antigos romanos dedicavam à deusa Juno (para conhecer a sua eterna beleza, espreitai aqui) -- por estas e outras me sinto Júpiter.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

«INTERVALO, PARA ACORDAR »

Um pequeno grupo de amigos encontra-se reunido em semi-círculo à volta de um ecrã a visionar um programa televisivo.  Já se sabe que nas comunidades familiares e afins a televisão substitui nos tempos modernos a lareira e o benéfico poder gregário que esta outrora exercia com a sua luz bailarina e o seu calor sensual. Ficámos portanto todos a perder pois entre outras coisas matou-se a conversa. Mas este tema fica para futura dissertação. Vamos então ao que hoje quero aqui partilhar. O atrás referido programa a que o grupo assistia teve uma pausa, um dos amigos levantou-se e disse: «intervalo, para acordar». Se primeiro senti espanto ao ouvir aquela frase, olhando de seguida em volta e vendo que vários dormiam, rapidamente percebi que estávamos perante um genial aforismo.

[Texto inspirado pelo meu amigo ABPS, a quem dedico esta publicação]

LEMBRETE DE BIBLIÓFILO

Permanece desaparecido na minha biblioteca Os Hinos à Noite de Novalis ao qual se junta agora Cinema Sueco de Ingmar Bergman e outros. Está-se mesmo a ver que não descansarei enquanto não os encontrar na vasta floresta de vários milhares de livros.

REVELANDO O OCULTO

Os mitos existem através da palavra, os símbolos falam através do silêncio.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

DA ARTE QUE É ARTE

A obra emana do artista como prolongamento natural do seu corpo e da sua alma.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

BLOGUE ACTUALIZADO

Talvez por ser hoje a Lua Cheia de Maio -- também conhecida por Lua das Flores -- senti a inspiração lunar indicada para escrever estes seis postais. Em breve virá Maio em todo o seu esplendor (neste ano tem tardado) e aí escreverei as mensagens solares.

DO MISTÉRIO

Curiosa constatação a do facto de nas arrumações gerais da biblioteca, concomitantes à inauguração das novas estantes, me ter desaparecido um livro. Simbólico será que tenha sido Os Hinos à Noite de Novalis. Casos assim lembram-nos que as bibliotecas são interessantes lugares narrativos, não só pelo que nelas se lê mas também pelo que nelas acontece. Sítios plenos de mistério, sendo este o motor maior de qualquer fascinante história.

DESOCULTANDO OS LIVROS

Mediante ter erguido novas estantes quase que consegui libertar-me totalmente das sombrias duplas filas. Sombrias porque os livros ficam ali ocultos e como é sabido os livros existem para serem vistos, cheirados, tocados, folheados e lidos. Restam-me agora apenas três prateleiras albergando ainda volumes nessa triste condição. Em breve terei um novo impulso com vista a trazer esses volumes para a luz.  

DOS LUGARES NARRATIVOS

Todas as janelas contam uma história.

OSZAR »